Greve na SRTE afeta entrega de carteiras de trabalho

A greve nacional dos servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que já dura pouco mais de três semanas, ainda não tem data para encerrar. Por conta disso, há um atraso na entrega para quem fez pedido para expedir a carteira de trabalho em todo o Paraná.

Porém, de acordo com o servidor da SRTE/PR e um dos responsáveis pelo comando estadual da greve, Gilberto Félix da Silva Júnior, a população não precisa temer.

Embora reconheça a importância do documento, Silva Júnior garante que ele não tem toda essa essencialidade. “O trabalhador não vai deixar de garantir o seu emprego pelo fato de não possuir a carteira de trabalho. Estamos orientando a todos os cidadãos que estejam nessa situação para que conversam com seus patrões. Além disso, antes da greve, o documento estava levando em média 25 dias para ser expedido. Só não garante o trabalho aquele que não tiver qualificação adequado ou simplesmente se o patrão quiser”, esclarece.

Ele diz também que o mais importante é o registro no livro dos trabalhadores da empresa. “O bom empregador pode registrar o funcionário no livro de registro da empresa, que é a principal prova do vínculo empregatício. Agindo de maneira correta, o patrão pode fazer isso e, quando o empregado receber seu documento, posteriormente, poderá fazer a assinatura deste. Assim, ninguém sai prejudicado”, avalia.

Outra dica dada por Silva Júnior é a de que o trabalhador pode dar entrada no pedido da carteira de trabalho nas Ruas da Cidadania, espalhadas pela cidade. “Com posse do protocolo nas mãos, a pessoa pode mostrar ao empregador que já deu entrada para receber o documento e que será apenas uma questão de tempo para te-lo em suas mãos”, explica.

A greve dos servidores da SRTE atingiu, segundo Silva Júnior, 97% dos 200 funcionários da superintendência no Paraná. Eles reivindicam plano de carreira para os trabalhadores, que seria uma promessa feita pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, paridade salarial entre os ativos e aposentados da SRTE, entre outros pontos. “Por enquanto, ainda não conseguimos uma negociação, entretanto, acredito que até semana que vem deveremos ter algum posicionamento”, informa.

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