A greve dos advogados, engenheiros e arquitetos da Caixa Econômica Federal completou, ontem, uma semana, e ainda não há sinais de acordo entre banco e funcionários. A adesão, segundo os grevistas, está em torno de 90% dos profissionais, no Paraná.

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Esta semana, gestores das áreas, que não tinham aderido inicialmente, também começaram a parar, e os funcionários em serviço não são suficientes para manter em andamento os principais projetos dos setores.

De acordo com a dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Sônia Boz, que também é bancária da Caixa, os grevistas vêm tentando avançar nas negociações com o banco, mas elas têm emperrado pois, em alguns pontos, não contemplam os anseios dos trabalhadores. “Então a greve, que é nacional, continua forte”, ressalta. Os funcionários, informa ela, esperam uma nova proposta da Caixa para hoje ou amanhã.

Segundo Boz, os gestores que não aderiram à greve não são suficientes para tocar todos os projetos, e o impacto disso, apesar de não aparecer a curto prazo, pode ser sentido no futuro.

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Para o advogado Jayme de Azevedo Lima, representante da Associação Nacional dos Advogados da CEF em Curitiba, as propostas do banco têm sido “pífias”, e os profissionais estão preparados para manter a greve por tempo indeterminado.

Enquanto isso, projetos importantes, como os relacionados aos programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha casa, minha vida, do governo federal, que dependem de análises dos profissionais, continuam travados.

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Trabalhos relativos ao Programa de Integração Social (PIS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Financiamento Estudantil (Fies), Bolsa-Família, penhor e até loterias, também estão com o andamento prejudicado.

Paraná

Todas as negociações estão acontecendo em Brasília. No Paraná, a greve atinge mais de 150 trabalhadores das unidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Umuarama e Cascavel.

O chamado quadro profissional da Caixa – que nunca tinha entrado em greve – conta com cerca de 1,3 mil engenheiros e arquitetos, 930 advogados e 147 integrantes de outras especialidades, totalizando quase 2,4 mil profissionais em todo o País.