Greve geral na Índia não chega a afetar grandes centros

A greve geral de dois dias iniciada nesta quarta-feira teve pouco impacto no cotidiano de grandes cidades como Mumbai e Nova Délhi, mas em outros locais houve prejuízos para o transporte público, além de alguns episódios de violência.

A paralisação foi convocada pelos 11 maiores sindicatos do país, que exigem a aplicação das leis trabalhistas, cobertura universal para os serviços sociais, garantia de aposentadoria para todos e a abolição dos contratos de trabalho.

A greve destaca o descontentamento dos trabalhadores, que sentem que foram deixados de fora da prosperidade econômica alcançada pelo país na última década. A paralisação começou um dia antes de o Parlamento indiano iniciar seu ano legislativo.

A Câmara de Comércio e Indústria advertiu que a greve pode retirar 200 bilhões de rupias (US$ 3,7 bilhões) do Produto Interno Bruto (PIB) do país, num momento em que a economia enfrenta sua pior desaceleração em uma década.

Milhões de trabalhadores de setores como transporte rodoviário, automotivo, portuário, energético, petróleo, de carvão e aço, telecomunicações e correios participam da greve, afirmou D. Sachdev, porta-voz do All India Trade Union Congress.

Em Ambala, no Estado do Punjab, um motorista de ônibus morreu ao ser atingido por um ônibus que ele tentava parar, informou a agência de notícias Press Trust of India. O serviço de ônibus não estava funcionando em Estados como Kerala, Gujarat e Uttar Pradesh, informaram meios de comunicação. Há interrupções também nas operações de trem em algumas localidades.

Em Mumbai, o principal centro financeiro do país, a paralisação não afetou o coditiano, já que um sindicato do setor de transporte retirou seu apoio à greve na noite de terça-feira.

Na capital, Nova Délhi, também não houve muito impacto, embora algumas lojas tenham permanecido fechadas e vários táxis não tenham saído à ruas. Os serviços de metrô e trem não foram afetados.

Mas em Noida, subúrbio industrial de Nova Délhi, uma manifestação se tornou violenta. Trabalhadores armados com barras de ferro quebraram janelas de algumas empresas e veículos foram incendiados

Um sindicato do setor varejistas programou um protesto no centro de Nova Délhi na quinta-feira. A organização é contra a decisão do governo de permitir a entrada de redes de supermercados estrangeiras no país. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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