A greve de servidores no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que durou quase três meses, foi responsável pela revisão em setembro na estimativa da safra de soja para este ano. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do último mês mostra uma produção 0,5% menor do que a estimada no prognóstico de agosto.

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Embora a colheita já tenha terminado, os dados da Bahia ainda esperavam atualização. “Nós tivemos greve (de servidores) no Nordeste, então só atualizou os dados agora. É a atualização dos dados da Bahia. Quando concluir a safra, eles também vão revendo para fechar o número. Apesar de informarmos por Unidade da Federação, nossos dados são colhidos por município”, explicou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.

A Bahia informou em setembro uma queda de 19,2% na estimativa de produção de soja em relação ao estimado em agosto, como consequência da redução de 9,6% na área a ser colhida e de 10,6% no rendimento médio, decorrentes de problemas climáticos. “Foram praticamente três meses sem atualizar o dado, então deu essa queda aí”, justificou Andreazzi.

No Mato Grosso, principal produtor do grão, a colheita da soja termina em março. “Na Bahia, a colheita vai até agosto, já é mais tarde mesmo. Mas o forte da soja é em março”, lembrou o gerente do IBGE. Apesar da revisão de setembro, a safra nacional de soja este ano ainda será 5,5% maior que a de 2013. “Permanece a safra recorde, superando a safra de 2013. Todos os Estados tiveram aumento na área plantada”, apontou.

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