A greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), iniciada no último dia 6 de abril, vem ganhando força na Paraná. Ontem, o movimento ganhou o reforço dos servidores da gerência de Maringá, que não funcionou durante todo o dia.
Na capital, a adesão já alcança 70% do quadro de servidores e a emissão de documentos, como a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), começam a ficar comprometidos.
Dentre as reivindicações, a categoria luta pela implantação do plano de carreira, a contratação de mais servidores, melhores condições de trabalho e a criação de uma nova jornada de trabalho com atendimento ao público de 12 horas.
Em todo o Estado, a paralisação já conta com adesão de 70%, com isso, permanecem inoperantes as agências do MTE dos municípios de Ponta Grossa, Umuarama, Apucarana e Paranavaí.
Em Maringá, o volume de adesões passou de 50% para 100%. Já em Foz do Iguaçu, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), a agência permanece funcionando com apenas 10% do quadro de funcionários.
Apenas os servidores das agências de Londrina e Cascavel não aderiram à greve. De acordo com o diretor do Sidprevs, Ruy João dos Santos, o sindicato está planejando visitas às agências que continuam funcionando, para mobilizar os servidores para novas adesões. “A greve no Paraná está muito boa, mas queremos que melhore ainda mais. Esperamos negociar com o governo já nos próximos dias”, afirma.
O servidor Gilberto Félix da Silva Júnior confirma que a greve vem ganhado força e que, na capital, apenas o serviço de entrega de CTPS que já estão prontas está sendo realizado.
“Em Curitiba, começamos a paralisação com 12 servidores. Hoje já estamos com 23”, diz. Segundo ele, os grevistas prometem fazer amanhã uma panfletagem em frente à Delegacia Regional do Trabalho.
Nacionalmente, a greve é coordenada pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Além do Paraná, a paralisação também acontece nos estados do Acre, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.
