Braços cruzados

Greve dos bancos volta a ganhar força no Paraná

Depois de uma diminuição, na terça-feira, no número de agências fechadas e funcionários parados, a greve dos bancários voltou a ganhar força no Estado, ontem. Agora, regiões onde havia apenas estado de greve, como Cianorte e Pato Branco, também passaram a ter estabelecimentos fechados. Na região de Curitiba, 240 agências não estão atendendo clientes. Com a adesão de funcionários administrativos do HSBC, o número de funcionários em greve na capital passou de 10 mil para 11,5 mil.

A adesão de empregados do HSBC à greve aconteceu apesar do interdito proibitório que o banco obteve na justiça, que impede a realização de bloqueios nas entradas dos estabelecimentos. Os funcionários trabalham em dois centros administrativos em Curitiba (Hauer e Kennedy), que estão de portas abertas. As agências da instituição continuam funcionando. No Itaú-Unibanco, que obteve interdito proibitório na segunda-feira para evitar os piquetes em Curitiba, as agências abriram normalmente.

Anteontem, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, que recorreu das decisões que concederam os interditos, reclamava que as medidas judiciais limitavam a greve, já que os funcionários tinham medo de serem demitidos caso não fossem trabalhar. Ontem, a entidade sindical informou que teve acesso a uma decisão da justiça de Pinhais que negou o interdito proibitório ao Bradesco naquela cidade. Em Curitiba, a medida chegou a ser obtida pelo banco, mas foi revertida ainda na semana passada.

Licenciamento

Devido à greve, vários serviços bancários não podem ser realizados ou estão prejudicados. Um deles é o pagamento do licenciamento de veículos, que depende do funcionamento do Banco do Brasil – os extratos devem ser retirados nos caixas eletrônicos e quem não é cliente deve pagar nos caixas daquele banco. Assim, o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) informou que aceitará, por enquanto, nas fiscalizações, os documentos referentes a 2009 dos veículos com placas de finais 83, 84, 85, 93, 94 e 95, cuja taxa vence no período da paralisação. A decisão evita que motoristas flagrados sem a documentação atualizada respondam por uma infração gravíssima de trânsito, que acarreta em perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 191,54.