A greve dos bancários em Curitiba e região, iniciada na última quarta-feira, entra hoje no terceiro dia. Em assembléia realizada ontem no final da tarde, os trabalhadores votaram pela manutenção da paralisação.
Ontem, 158 agências e onze centros administrativos da Grande Curitiba não abriram as portas, segundo balanço do sindicato da categoria – um avanço em relação ao dia anterior, quando a greve havia atingido 91 agências. A estimativa é que cerca de 13,2 mil trabalhadores -dos quase 18 mil da Grande Curitiba – cruzaram os braços ontem.
Em todo o País, segundo avaliação da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), já são mais de 400 mil trabalhadores em greve. Só nas capitais e grandes cidades, mais de três mil unidades bancárias não funcionaram, segundo os grevistas.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, também aumentou a adesão dos bancários à greve nacional, segundo a categoria. De acordo com o sindicato do Rio de Janeiro, a adesão foi total no departamento de telemarketing (call center) do ABN Real e na matriz do Bradesco no Rio. Já em São Paulo, 19 mil bancários teriam aderido à greve, o que representa 16% dos 120 mil bancários de São Paulo, Osasco e região.
“Ampliamos a greve em locais estratégicos onde funcionam os prédios administrativos dos bancos. Os banqueiros já sabem o que queremos”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
A categoria pede aumento real de 5% (além da inflação de 7,15%), valorização dos pisos, auxílio-creche de R$ 415, vale-refeição de R$ 17,50 por dia, além de PLR composta de três salários mais valor fixo de R$ 3.500, além de mais contratações e segurança.
No dia 29 de setembro, os bancários rejeitaram proposta dos bancos que previa reajuste salarial de 7,5% e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor do que a paga no ano passado.