Greve do setor de segurança privada no Paraná

Quem utiliza serviços bancários pode sentir alguma dificuldade a partir de hoje. É que os trabalhadores que atuam no transporte de valores e na vigilância patrimonial no Paraná prometem cruzar os braços. A greve já vinha sendo anunciada há duas semanas, e a escolha da data do início da paralisação foi estratégica, pois após o feriado de Carnaval muitas pessoas precisam ir aos bancos para pagamentos de contas. O principal motivo da paralisação é a falta de negociação sobre o reajuste salarial das duas categorias.

Apesar de a greve ser aprovada em assembléia, hoje às 7h os vigilantes voltam a se reunir – na Praça Santos Andrade, em Curitiba – para reavaliar a adesão ao movimento. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, os trabalhadores desse segmento estavam divididos e podem voltar atrás na decisão. Porém a greve por tempo indeterminado será mantida pelos transportadores de valores. ?Na quarta-feira à noite tivemos uma reunião para definir os locais de piquetes e logística da greve. A paralisação desses trabalhadores irá afetar o funcionamento dos bancos, que não terão funcionários para transportar o dinheiro?, afirmou.

As duas categorias estão reivindicando um reajuste salarial de 10% – o índice representa o repasse do INPC do período, mais um aumento real de 5%. Os vigilantes querem ainda um aumento do adicional de risco de 6% para 10%, e os transportadores de valores, o fim das compensações de horas extras. Soares disse que as empresas acenaram apenas com um aumento em torno de 6%.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná, Jéferson Nazário, informou que a entidade protocolou no Ministério Público do Trabalho um pedido para garantir à população os serviços essenciais em todo o Estado. Com a medida, o sindicato espera garantir o funcionamento de pelo menos algumas agências bancárias dentro do período de greve, já que pela legislação, as agências não podem funcionar sem a proteção de vigilantes. Segundo João Soares esse pedido não muda nada em relação à greve pois os serviços bancários não são considerados essenciais. 

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