Os técnicos da Receita Federal decidiram estender a paralisação da categoria até o dia 22 de agosto. A greve vai afetar também os plantões de final de semana nas alfândegas dos portos e aeroportos.
Além de ampliar o movimento, a categoria também aprovou, em assembléia, que todos os técnicos que ocupam cargos de chefia, presidências de comissões ou tenham funções gratificadas, deverão entregá-los aos administradores. Com este ato, explica o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), Paulo Antenor de Oliveira, a categoria encaminha uma mensagem clara aos administradores de repúdio à condição de ?auxiliares?, expressa no artigo 10, inciso 2.º do texto da MP. ?Não somos auxiliares, como querem que conste na MP 258. Boa parte de nossas atribuições são exercidas de forma autônoma e concorrente com os auditores-fiscais?, criticou.
Essa é a quinta semana de paralisação dos técnicos da Receita Federal que não concordam com o modelo imposto e, principalmente, com a criação de um órgão como a Receita Federal do Brasil, que envolve cerca de 30 mil servidores, e uma arrecadação de R$ 400 bilhões, através de Medida Provisória.
O presidente do Sindireceita, Paulo Antenor de Oliveira, lembra que antes de decretar a série de paralisações, todos os meios possíveis de diálogo com o governo foram tentados, mas sem sucesso. Antenor ressalta ainda que apesar da categoria ter sido recebida pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, nenhuma proposta formal foi apresentada. ?Extrapolamos o debate e criamos uma interlocução dentro da Casa Civil, do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) e ampliamos nossa base no Congresso Nacional. Procuramos discutir com todo o governo?, disse o presidente.