A 1.ª Vara da Justiça do Trabalho de Foz do Iguaçu decide hoje sobre a ilegalidade e abuso da greve dos trabalhadores da Itaipu Binacional, parados desde a última sexta-feira. A expectativa da empresa é que eles retornem ao trabalho hoje. Ontem o presidente da Itaipu, Jorge Samek, reuniu-se com os representantes sindicais e disse estar confiante que possam chegar a um acordo antes mesmo da decisão judicial.

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A Justiça já havia concedido liminares à Itaipu proibindo os sindicatos de impedir o livre acesso às áreas, instalações e edificações da empresa. No caso de desobediência por parte dos sindicatos, estes terão que pagar uma multa diária de R$ 10 mil, entre outras conseqüências. Cerca de mil funcionários dos 1,5 mil que trabalham no lado brasileiro ainda estão em greve.

Segundo a assessoria de imprensa de Itaipu, os grevistas fizeram piquetes impedindo os funcionários de entrar na empresa até mesmo para manter serviços essenciais. Alguns empregados tiveram de dar a volta pelo Paraguai para que o fornecimento de energia por parte da usina fosse cumprido. A empresa garante que a geração de energia não está sendo prejudicada.

Os funcionários reivindicam maior participação nos lucros da empresa. A hidrelétrica oferece, a título de Participação nos Resultados, o valor correspondente a um salário extra a todos os empregados, com piso de R$ 3 mil líquidos para todos que ganham abaixo desse valor. Os funcionários querem elevar o piso para R$ 3,5 mil. Segundo a empresa, isso significa um gasto de aproximadamente R$ 1 milhão, o que seria inviável. O Sinefi propõe a redução nos salários de alguns diretores para que o abono possa ser maior.

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