A greve dos petroleiros, na área de cobertura da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – que inclui as bacias de Campos e Santos, responsáveis pela maior parte da produção de petróleo e gás natural da Petrobras -, atingiu, nesta sexta-feira, 6, um total de 54 plataformas marítimas, além de campos terrestres da Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Também as 11 refinarias da empresa foram atingidas, mas a federação garante que não quer o desabastecimento de combustíveis.

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A Petrobras mantém a posição de que o movimento é menor do que o que tem sido divulgado pelos sindicalistas e que pessoal de contingência está sendo escalado para manter a operação nas suas unidades produtivas. “A Petrobras informa que, através de seu plano de contingência, tem conseguido reduzir os impactos da greve sobre suas operações”, informou em comunicado oficial. Pelas contas da empresa, foi possível recuperar 25% da produção que havia sido atingida pela greve. A perda estimada ontem era de 127 mil barris por dia.

O pessoal de contingência que está sendo escalado pela empresa para cobrir os grevistas é formado por funcionários que ocupam cargos de chefia. Em alguns casos, são empregados que não atuam na operação diária. Ontem, pela manhã, um desses empregados, o supervisor de mecânica Pedro Alexandre Bagatin, de 48 anos, infartou na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.

“O movimento sindical tem denunciado, desde o início da greve, os riscos aos quais os gestores da Petrobras vêm expondo os trabalhadores”, traz nota da FUP. A federação acusa a Petrobras de manter pessoal de contingência trabalhando por turnos que chegam a durar 72 horas. A acusação será levada à Justiça e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo a FUP, a Petrobras se negou a chegar a um acordo sobre a equipe que deveria permanecer trabalhando e a produção a ser mantida durante a greve, como prevê a Lei de Greve. A informação foi confirmada pelo MPT.

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