Greve ainda não afeta abastecimento

A greve dos caminhoneiros, que começou domingo, não chegou a afetar o abastecimento nas cidades. A movimentação de caminhões diminuiu nas estradas, mas ainda não representa prejuízos. A categoria está mobilizada para reivindicar, entre outros pontos, a redução de 30% no valor do óleo diesel e congelamento do preço por seis meses, cumprimento do artigo 257 do Código de Trânsito – que divide a multa por excesso de peso entre o caminhoneiro e embarcador -, adoção de uma planilha de custos e regulamentação do vale pedágio.

O movimento de caminhões caiu em média 32% nas estradas, segundo informações das concessionárias das rodovias. A Ecovia Caminho do Mar, responsável pelo trecho entre Curitiba a Paranaguá registrou, na segunda-feira, um movimento 43% menor se comprado as últimas duas segundas-feiras do mês. Pelas praças de pedágio passaram 2.444 caminhões, contra 4.304 registrados nos dias anteriores. Essa redução também foi sentida no Porto de Paranaguá. No pátio de triagem, que recebe carga a granel, haviam estacionados ontem cerca de 150 caminhões, contra 1.100 que são registrados diariamente.

A preocupação com o desabastecimento fez aumentar a movimentação na Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Segundo o diretor presidente da central, José Lupion Neto no sábado, dia 24, o ingresso de mercadorias no Ceasa de Curitiba foi 59% maior que há uma semana atrás. O mesmo aconteceu nas unidades de Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel, mas o reflexo na comercialização foi pequena, com aumento de 5%. Lupion disse que como o abastecimento está normal, os consumidores não deverão observar alteração nos preços. “Se isso acontecer será mera especulação”, afirmou. Uma tabela de preços do Ceasa pode ser consultado através do endereço www.pr.gov.br/ceasa.

Adesão

O Sindicato dos Caminhoneiros do Paraná (Sindicam) acredita que a adesão dos caminhoneiros autônomos à greve chega a 80%, e das empresas atinge 70%. “Isso demonstra o êxito do movimento, pois conseguimos a adesão da categoria de forma espontânea, sem conflitos e transtornos”, disse o presidente do Sindicam, Diumar Bueno. Segundo ele, o principal reflexo da greve hoje é a movimentação de cargas para o Porto de Paranaguá, onde menos de 150 caminhões estão esperando para descarregar. Bueno acredita que até quinta-feira o governo irá apresentar uma proposta para discutir com a categoria.

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