Os bancos da Grécia, de Portugal e da Itália aumentaram seus empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) em julho, contrariando a tendência mais ampla na zona do euro, de acordo com dados dos bancos centrais destes países. Para analistas, os números sugerem que os resultados dos testes de estresse dos bancos europeus – destinados a restaurar a confiança no setor financeiro da região – podem não ter produzido efeito, ou pelo menos, não imediatamente.

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O Banco Central da Grécia afirmou que o total de crédito para os bancos gregos subiu para 96,21 bilhões de euros no fim de julho, 2,5% acima dos 93,82 bilhões de euros no fim de junho. Os bancos portugueses elevaram seus empréstimos tomados em mais de 20%, para 50,09 bilhões de euros, ante 41,51 bilhões de euros. Dados do Banco da Itália mostram que os empréstimos de bancos italianos tomados do BCE subiram mais de 4 bilhões de euros, ou 12%, para 39,76 bilhões de euros.

Em comparação, o total geral de crédito concedido pelo BCE caiu aproximadamente 240 bilhões de euros, já que 442 bilhões de euros em fundos de 12 meses foram pagos ao banco no início do mês, apenas parte dos quais foram rolados em créditos de curto prazo.

Os bancos da zona periférica mais fraca da zona do euro enfrentaram dificuldades para se autofinanciar no mercado nas semanas anteriores à publicação dos resultados dos testes de estresse. Os participantes do mercado de fora da zona do euro, em especial, não estavam dispostos a arriscar dinheiro em países com problemas de dívida pública. Rumores sugerem que tais temores recuaram, mas apenas gradualmente e não imediatamente depois da publicação, em 23 de julho.

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Segundo o analista Nick Matthews, do RBS, as próximas semanas serão importantes para o mercado avaliar se mais políticas de apoio serão necessárias, caso a confiança não seja restaurada. As informações são da Dow Jones.