A Grécia não precisa de ajuda financeira neste momento, disse o comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, acrescentando que o país assumiu “arrojadas e ambiciosas” medidas para reduzir seu déficit orçamentário. Durante entrevista concedida após a reunião mensal de ministros das finanças da União Europeia, Rehn afirmou que a zona do euro está pronta para agir se necessário. Mas Rehn e a ministra das Finanças da Espanha, Elena Salgado, que presidiu o encontro, insistiram que a Grécia não requisitou ajuda financeira.
Os ministros das Finanças dos 16 países da zona do euro discutiram ontem detalhes “técnicos” sobre como podem ajudar a Grécia. Hoje Rehn disse que “a comissão está pronta para propor um plano de assistência coordenada e condicional” se houver necessidade. O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que presidiu a reunião, disse ontem que se necessário, os ministros das Finanças da zona do euro, oferecerão ajuda bilateral à Grécia.
A comissão acredita que a Grécia está no caminho para promover cortes em seu orçamento de 4% do PIB este ano. Estima-se que o déficit orçamentário grego chegou próximo de 13% do PIB no ano passado, muito acima do limite de 3% da zona do euro.
Os atuais planos para o orçamento da Grécia estão baseados em estimativas econômicas reais, incluindo a previsão de que a economia do país irá se contrair em 2010, afirmou Rehn. As projeções orçamentárias anteriores mostraram que um rápido crescimento econômico poderia contribuir para os cofres públicos, uma previsão que provocou preocupação entre autoridades da União Europeia, forçando a Grécia a apresentar um novo plano com cortes maiores em seu orçamento.
Rehn afirmou que os problemas no orçamento grego não afetarão negativamente as perspectivas futuras de outros membros da zona do euro. Segundo ele, todos os países da UE merecem “igual tratamento” em relação as regras fiscais e de inflação presentes nas leis da zona do euro. As informações são da Dow Jones.