Atenas, 18 – O gabinete de governo da Grécia discutirá os detalhes de novas medidas de austeridade, após as consultas que terá na segunda-feira com a troica de inspetores internacionais, informou neste domingo o ministro das finanças da Grécia, Evangelos Venizelos. O ministro deu as informações logo após o governo grego ter feito uma reunião de três horas, em meio a novas advertências dos seus parceiros da zona do euro de que a futura ajuda financeira ao país balcânico será barrada, a não ser que a Grécia produza resultados concretos para equilibrar o déficit do orçamento.

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Em coletiva de imprensa, Venizelos reafirmou o compromisso da Grécia em atingir as metas de redução do déficit, mas afirmou que o país também precisa acelerar a velocidade das reformas adotadas pelo Parlamento em junho, sobre um plano de orçamento de médio prazo.

“As medidas do plano de médio prazo precisam ser bem específicas. Nós precisamos acelerar a implantação delas”, disse ele. “Após conversarmos amanhã com a troica, vamos especificar as medidas nesta estrutura”.

Na segunda-feira, Venizelos terá uma teleconferência com chefes da delegação da Comissão Europeia (CE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE), a chamada troica, a qual deverá avaliar o programa de reformas da Grécia e sua capacidade em receber mais auxílio.

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Em uma reunião que acabou no sábado entre ministros das Finanças dos países europeus em Wroclaw, na Polônia, funcionários de outros países membros da zona do euro alertaram que a Grécia poderá não receber a nova tranche de ? 8 bilhões (US$ 11 bilhões), do pacote em outubro. Sem esse auxílio, a Grécia estará sem dinheiro em meados de outubro.

O primeiro-ministro grego George Papandreou cancelou uma viagem que faria aos Estados Unidos e decidiu ficar em Atenas nesta semana para identificar novos cortes e medidas de economia que o governo poderá fazer e que convencerão os outros governos da zona do euro de que a Grécia cumprirá com as medidas. Funcionários gregos afirmam que essas novas medidas poderão incluir demissões em massa de funcionários públicos. O governo reluta em adotar essas medidas porque teme que elas levem a novos protestos e possivelmente a novas eleições. As informações são da Dow Jones. (André Lachini)

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