Grécia avalia como anunciar pedido de ajuda ao FMI

O governo da Grécia está avaliando como anunciará ao público a decisão de que o país vai requisitar ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou um alto funcionário do governo. Segundo ele, a questão foi discutida em uma reunião, realizada ontem, entre o primeiro-ministro, George Papandreou, o ministro das Finanças, George Papaconstantinou, e outros membros do governo, e altos funcionários do Pasok, partido socialista no poder.

A reunião ocorreu um dia antes de as autoridades da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI iniciarem duas semanas de conversações em Atenas sobre os detalhes técnicos de um pacote de socorro financeiro de aproximadamente 45 bilhões de euros no caso de ser detectada a possibilidade de insolvência da Grécia. Apesar de amplamente esperado, qualquer envolvimento do FMI no pacote de ajuda poderia significar um retrocesso político, tanto para os partidos de oposição quanto para os membros do Pasok.

“O FMI é considerado pelos gregos um dragão que trará anos de miséria. Eles também consideram o fundo um mecanismo que serve para o terceiro mundo e para os países latino-americanos”, disse o funcionário. “Nosso papel é dizer a eles do que se trata esta ajuda financeira. Mas não será fácil.”

Ele disse que uma das opções é que Papandreou faça um pronunciamento à nação pela televisão, mas essa decisão ainda não foi tomada. Segundo o funcionário, está se tornando cada vez mais evidente que a Grécia terá dificuldade em obter o dinheiro que necessita nos mercados de capitais internacionais para preencher as lacunas de financiamento.

“Não é uma questão de se (Grécia procurará mais ajuda), mas quando”, ressaltou o funcionário. “Existem considerações de natureza política sobre o prazo do pedido, mas em qualquer caso, não está longe. Certamente ocorrerá antes do vencimento de títulos de grande monta, em maio, a menos que um milagre aconteça.” A Grécia enfrenta a perspectiva de ter de pagar 8,5 bilhões de euros em títulos que vencem em 19 de maio. As informações são da Dow Jones.

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