“Grau de investimento” em 2008 é difícil, diz analista

O analista-sênior da agência de classificação de risco de crédito Moody’s, Mauro Leos, disse que é muito difícil que o Brasil receba a nota (rating) "grau de investimento" daquela instituição internacional em 2008, pois há um processo de avaliação demorado que levaria vários meses para ser concluído. Ele fez o comentário em resposta a rumores que rondaram o mercado financeiro nesta tarde de que o País poderia receber tal avaliação de uma agência internacional em breve.

Leos ressaltou que, para que o Brasil conquiste a elevação para a nota "BAA3" (a primeira na lista da Moody’s a ser considerada "grau de investimento"), primeiro é preciso receber uma mudança da atual nota, "BA1" com perspectiva estável, para a "BA1" com perspectiva positiva. Mais adiante, seria necessário que a Moody’s decidisse colocar a nota do País em ?revisão?, processo que requereria três meses para a agência de conceder ou não a elevação. Este procedimento ocorreu, por exemplo, em maio, quando o Brasil tinha a avaliação "BA2" e em agosto passou para "BA1".

De acordo com o analista, contudo, é possível que o processo para elevação da nota possa ser acelerado em 2009 segundo um conjunto de fatores, sendo dois deles básicos. ?Um deles é se no segundo semestre (deste ano) houver sinais claros de que há manutenção da trajetória declinante da proporção da dívida interna brasileira em relação ao PIB?, comentou. Essa condição poderia ser atendida especialmente se o governo estiver cumprindo à risca a meta de superávit primário de 3,8% do Produto Interno Bruto. Outro elemento relevante, segundo Leos, é a melhora da economia no exterior.

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