SRTE

Grandes grupos do Paraná ainda infringem direitos do empregado

Mesmo depois de penalizados, grandes grupos empresariais do Paraná continuam infringindo os direitos de seus empregados. Um estudo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) revela que um grupo de 156 corporações recebeu 9,2 mil autos de infração entre 2005 e agosto de 2011. Estas empresas contam com 3,7 mil estabelecimentos e empregam aproximadamente 10% dos trabalhadores formais do Paraná.

O levantamento revela que as principais violações são referentes à duração das jornadas de trabalho, além da concessão de descanso semanal ou durante a jornada. Também são preocupantes as condições do ambiente do trabalho e a informalidade. Para evitar a reincidência dos grupos empresariais e estabelecer uma penalização mais adequada a cada caso, o Superintendência Regional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho firmaram uma parceria inédita no País, que determina a troca de informações constante nos casos de violação aos direitos trabalhistas.

O Fórum Interinstitucional Permanente é direcionado aos processos coletivos. O Ministério Público do Trabalho abre a ação civil pública, que conta com a investigação do Ministério do Trabalho e Emprego. Este material serve de base para a decisão jurídica do processo. “Assim é possível estimar uma penalidade significativa ao grupo empresarial, de forma a fazê-lo cumprir a lei”, avalia o auditor fiscal da SRTE, Ênio Bezerra Soares.

Cerca de 90% das multas são pagas sem contestação pelas empresas. As penalidades relacionadas à duração e às condições de trabalho variam entre R$ 1.450 e R$ 4 mil mas, para Soares, o valor não é proporcional ao poder econômico das infratoras, que consideram mais vantajoso seguir com as violações do que adotar uma nova postura junto aos seus colaboradores.

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