Com uma deflação de -0,05%, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto, em Curitiba e Região Metropolitana, foi o segundo menor do País, atrás apenas de Salvador (-0,17%), segundo divulgou, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A baixa foi puxada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que caiu 0,74%. Itens como o leite, cujo preço caiu -2,14% após quatro altas seguidas, estiveram entre as principais influências. A média nacional de agosto ficou em 0,23%.

No ano, Curitiba acumula variação de 3,26% – maior que a média do País, de 2,95% e a terceira maior entre as capitais, atrás de Belém (3,48%) e do Rio de Janeiro (3,27%).

Já nos últimos 12 meses, o índice da capital paranaense ficou em 4,01%, abaixo da média nacional, de 4,34%. O índice é o segundo mais baixo entre as 11 capitais pesquisadas, superior apenas a Salvador (3,40%).

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A deflação o IPCA-15 de agosto, em Curitiba, é a primeira baixa nos preços ao consumidor registrada pelo IBGE no ano, na capital. O índice veio logo após uma alta de 0,75% em julho, que tinha sido a maior entre as cidades pesquisadas. Para o cálculo do indicador, o IBGE coletou preços entre 15 de julho e 13 de agosto, levando em conta famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

Além do leite, itens como a batata-inglesa (-10,94%), a cenoura (-13,80%), a couve-flor (-10,62%) e o brócolis (-10,63%) tiveram baixas significativas entre os alimentos, em Curitiba.

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As carnes também baratearam (-1,87%), com destaque para o contrafilé (-6,40%). O IBGE também registrou queda nos preços do grupo de transportes (-0,04%), com destaque para o álcool combustível (-3,34%) e as passagens de avião (-16,20%).

Leite

Segundo o vice-presidente do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite) órgão que reúne representantes de produtores e indústrias , Wilson Thiesen, os valores do produto tendem, agora, a estabilizar.

“Os preços não devem subir mais do que está agora”, informa. No IPCA-15 de julho, o leite pasteurizado, que é o pesquisado pelo IBGE, chegou a ter uma alta de 38,82%. No acumulado do ano, o aumento é de 35,84%. Nos últimos 12 meses, a alta é um pouco menor: 27,88%.

Os próprios valores do produto no Estado, levantados pelo Conseleite, já mostram sinais de estabilização. Desde o início do ano, o valor para a qualidade padrão, que em janeiro era de R$ 0,5009, vinha subindo até atingir, em julho, um pico de R$ 0,7093.

Para agosto, o valor de referência projetado pelo órgão é de R$ 0,65. A melhora nos preços, segundo Thiesen, pode ser explicada pela regularização da produção, normal quando a primavera se aproxima. “O gado já é solto no pasto, que brota e fica mais verde”, explica.