Foto: Arquivo

Comércio foi o setor que ofereceu mais vagas.

continua após a publicidade

Pelo segundo ano consecutivo, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) liderou a geração de empregos no Paraná. Com crescimento de 6,10% – contra 4,08% do interior do Estado -, a Grande Curitiba encerrou o ano de 2006 com o saldo (admissões menos demissões) de 42.742 empregos, concentrados especialmente nos setores de serviços e comércio.  

Em todo o Paraná, o saldo em 2006 foi de 86.396 empregos: o segundo melhor resultado desde 92 (atrás apenas de 2004, quando houve o saldo recorde de 122.648 novos postos de trabalho) e quase 20% a mais do que em 2005. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, e foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

Conforme os dados do Caged, entre 2001 e 2004 a geração de empregos no Paraná foi liderada pelo interior. ?A partir do segundo semestre de 2004, houve a retomada do crescimento econômico, puxado pelos setores de exportação. Isso acabou refletindo no mercado interno e na geração de empregos nos grandes centros urbanos?, analisou o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Além disso, acrescentou, o interior sofreu mais com o aumento da taxa de juros, a valorização cambial e a crise agrícola.

Entre as nove regiões metropolitanas brasileiras, a Grande Curitiba registrou o segundo maior aumento do nível de emprego (6,10%), atrás apenas da Grande Belo Horizonte (7,86%). A média nacional foi de 5,23%. Entre os setores que mais empregaram em 2006, destaque para o comércio varejista (8.247 postos de trabalho), serviços terceirizados, vigilância, limpeza (7.198), hotéis e restaurantes (6.464) e construção civil (2.568). O único setor com queda foi o de materiais elétricos e comunicação (-416).

Paraná

continua após a publicidade

No Paraná, o saldo de 86.396 empregos no ano passado foi quase 20% superior ao do ano anterior. Segundo Sandro Silva, vários fatores contribuíram para o desempenho melhor, entre eles a queda da taxa de juros – que apesar de elevada é a menor da história em termos nominais -, o baixo nível de inflação, aumentos salariais reais, manutenção do volume de crédito do País, aumento real do salário mínimo e políticas sociais.

O setor que mais ofereceu oportunidades de trabalho em 2006 foi o comércio varejista (18.444 vagas), seguido por serviços terceirizados, vigilância, limpeza (10.836), hotéis e restaurantes (10.786), indústria de alimentos e bebidas (10.463) e construção civil (5.955). O setor de madeira e mobiliário foi o único que fechou o ano com queda (-2.271), por conta da valorização do real, que prejudicou as exportações.

continua após a publicidade

Na comparação com outros estados, o Paraná – com crescimento de 4,88% no nível de emprego em 2006 – ficou na 10.ª posição. Espírito Santo liderou o ranking (crescimento de 6,19%), enquanto o Mato Grosso apresentou o pior desempenho (1,13%). A média nacional ficou em 4,72%.

Previsão

Para 2007, a previsão é que o Paraná gere mais empregos do que em 2006. ?Estamos num processo de reaceleração. A safra agrícola deve ser melhor, com vários produtos recuperando preços, caso da soja, do açúcar, milho e trigo?, apontou o economista do Dieese-PR. Com isso, espera-se maior renda no interior do Estado, que deve refletir em vendas do comércio e mais empregos.