O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou hoje que nenhuma prefeitura com obras em andamento será prejudicada com o cancelamento do chamado “restos a pagar” – recursos do Orçamento de anos anteriores já comprometidos. A suspensão dos pagamentos de dinheiro orçamentário relativos a 2007, 2008 e 2009 vem aumentando a tensão entre os aliados da presidente Dilma Rousseff. A expectativa dos líderes da base é que uma solução seja anunciada hoje na reunião do Conselho Político, às 15 horas (horário de Brasília).

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“Obra iniciada não ficará pelo meio. Se uma lei atrapalha essa orientação, será ajustada”, disse Vaccarezza pela manhã. O líder afirmou que há casos em que os prefeitos adiantaram a obra, mas o dinheiro comprometido pelo governo federal não chegou. Há outros casos em que apenas foi repassada parte do dinheiro acertado com as prefeituras. Estas deverão receber o dinheiro do Orçamento. Os líderes estimam em R$ 60 bilhões o necessário para atender o total das obras já iniciadas e à espera do dinheiro federal.

Outra decisão, já anunciada aos parlamentares petistas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, é que as obras que não saíram do papel serão canceladas. O Conselho Político reúne os presidentes e os líderes dos partidos da base. A pauta divulgada pela assessoria da presidente Dilma Rousseff para a reunião de hoje prevê discussão sobre a conjuntura econômica.

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