O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse a deputados nesta quarta-feira que o governo trabalha com três prioridades: defesa do mercado interno, desvalorização do dólar e recuperação da competitividade e produtividade da indústria. Um dos objetivos é encontrar um “equilíbrio delicado” para o câmbio, defendeu Pimentel durante café da manhã realizado na sede do ministério, com deputados da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

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O encontro foi de cortesia, segundo o ministério, para que os novos integrantes da comissão conhecessem o ministro e trocassem impressões sobre medidas legislativas que precisam sair do papel. Uma das ideias apoiadas por congressistas e pelo ministro foi a realização de um seminário para debater os problemas que o setor de manufatura enfrenta atualmente. “Ele apoiou um fórum na Câmara, para discussão de vários temas. Precisamos interagir mais”, afirmou Jânio Natal (PRP-BA).

Os deputados defenderam a inclusão de micro e pequenas empresas e do setor de turismo no projeto de desoneração da contribuição patronal sobre a folha de pagamento. Pimentel, segundo relato dos participantes, não se comprometeu com a proposta e sugeriu que os setores apresentassem estudos específicos para análise da equipe econômica.

“Ele disse que o processo de desoneração da folha está indo lentamente, mas que ele deseja chegar lá, nas micro e pequenas empresas”, afirmou Vilson Covatti (PP-RS).

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Durante o café da manhã, Pimentel discorreu sobre a conjuntura econômica e defendeu a proteção do mercado doméstico, sem medidas protecionistas, porque o Brasil seria um dos quatro grandes mercados consumidores do mundo atualmente, ao lado da China, Estados Unidos e União Europeia. A diferença, neste caso, é que europeus e norte-americanos ainda não se recuperaram da crise.

Sobre o câmbio, Pimentel afirmou que o governo busca um “equilíbrio delicado” para a cotação do dólar, que permita, ao mesmo tempo, combater a inflação, com a entrada de insumos baratos, e garantir que os produtos manufaturados do País não fiquem excessivamente caros no mercado internacional.

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O ministro afirmou ainda que o País precisa recuperar a produtividade do trabalho, mas sem perda de direitos trabalhistas dos empregados, e sim por meio de melhorias de gestão, inovação e modernização produtiva. Ele citou como exemplos de melhoria da produtividade a indústria automobilística. No Brasil, as fábricas investem na compra de máquinas e novos processos industriais. Nos EUA, demitem.