A área técnica do Ministério da Fazenda e do Banco Central preparava hoje (2) dados sobre as perspectivas da economia brasileira neste ano e em 2003. O agravamento da crise no mercado de câmbio e a constatação de que a economia crescerá menos do que o esperado no segundo semestre levarão à modificação de alguns parâmetros que formam o cenário econômico sobre o qual são fixadas as metas do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Um ponto que na prática já foi modificado é o resultado primário das contas do setor público consolidado (diferença entre receitas e despesas, exceto gastos com juros, nas contas dos governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais).
O Memorando de Política Econômica que acompanha o acordo em vigor fala num superávit equivalente a 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. No entanto, o governo já alterou essa meta para 3,75% do PIB e os técnicos não ficarão surpresos se o FMI pressionar por uma meta mais elevada.