Dos 5.564 municípios brasileiros, 1.881, ou 33,8% do total, tinham mais do que um terço da sua economia dependente da administração pública em 2007, segundo mostra a pesquisa sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o peso da administração pública no PIB do Brasil prossegue em expansão e passou de 12,6% em 2004 para 13,3% em 2007. Especificamente em 2007, segundo a pesquisa, os dois municípios do País cuja economia era mais dependente da administração pública eram Uiramutã (RR), com 80,1%, e Poço Dantas (PB), com 70,2%.
Além disso, naquele ano a administração pública teve peso superior a 39,7% em todos os municípios de Roraima e acima de 38,6% nos municípios do Amapá. Entre as capitais brasileiras, as que tinham o maior peso da administração pública em sua economia eram Brasília (48,3%), Boa Vista (39,7%), Macapá (39,0%), Rio Branco (26,7%) e Porto Velho (22,2%). Por outro lado, os menores pesos foram apurados em Vitória (4,5%), São Paulo (5,9%), Curitiba (7,3%), São Luiz (8,3%) e Manaus (8,8%).
A pesquisa mostra também a persistência da concentração regional no País. Em 2007, apenas cinco municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba) respondiam, juntos, por cerca de 25% do PIB total do País. De acordo com o IBGE, os 50 municípios com os maiores PIB municipais em 2007 respondiam pela metade do PIB do País. Por sua vez, os 1.342 municípios com as menores economias responderam por até 1% do PIB nacional.
A pesquisa mostra também que quatro entre os cinco municípios com os menores PIB do País em 2007 eram do Piauí. O município de menor PIB naquele ano foi Santo Antônio dos Milagres (PI), seguido por São Miguel da Baixa Grande (PI), Areia de Baraúnas (PB), São Luís do Piauí (PI) e Olho D’Água do Piauí (PI). A soma do PIB destes cinco municípios representava 0,001% do PIB do País.