O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, admitiu nesta quinta-feira (29) que o governo recuou das restrições impostas às importações de quase 3 mil itens em função da pressão de setores atingidos e “do poder da mídia”.

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Ele reiterou que considera a medida correta, mas que agora o governo vai estudar uma nova forma de acompanhar as estatísticas da balança comercial (importações e exportações) dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Fazenda.

Miguel Jorge, que acompanha missão de empresários ao norte da África, voltou a afirmar que as medidas que entraram em vigor na segunda-feira (26) tinham sido adotadas com base em estudos técnicos feitos pela Secretaria de Exportação do ministério que detectaram diferença nos números informados pelas pastas.

“Houve uma certa histeria com relação à medida burocrática que pretendia apenas fazer uma verificação de estatísticas para que o governo brasileiro pudesse acompanhar melhor o fluxo de exportações e importações”.

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Segundo o ministro, como era uma medida puramente técnica, ela foi informada apenas pelo sistema eletrônico de controle de exportações e importações do Brasil, como ocorreu com dezenas de instruções durante o ano. “Mas, como houve uma pressão muito grande dos importadores brasileiros que se sentiram prejudicados com a medida, que em 48 horas não tinha surtido nenhum efeito, o poder de mídia fez com que nós tivéssemos que voltar atrás”, explicou.

 

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