O governo federal obteve sucesso na operação de troca dos C-Bonds. Cerca de 78% dos títulos foram trocados e o prazo da dívida foi alongado em quase quatro anos. O Tesouro Nacional confirmou que a troca somou cerca de US$ 4,4 bilhões de C-Bonds e o vencimento dos novos títulos, chamados de A-Bonds, irá ocorrer em 15 de janeiro de 2018, um alongamento de 3,75 anos. O prazo máximo era de quatro anos.

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O que ainda não está definido é qual será a taxa de retorno (yield) do A-Bond. Como é um título novo, o Tesouro irá esperar as negociações no mercado secundário para definir o preço. O alongamento tem como objetivo melhorar o perfil de pagamento futuro da dívida.

O C-Bond faz parte da ?dívida velha? brasileira e foi emitido em 1994 durante a renegociação dos débitos de países emergentes com problemas para honrar seus compromissos, entre eles, o Brasil.

O estoque de C-Bonds é de US$ 5,6 bilhões. Com a operação, que será efetivada (liqüidada) no dia 1.º de agosto, o estoque irá cair para aproximadamente US$ 1,2 bilhão. Eles foram emitidos em 1994 e vencem no dia 15 de abril de 2014.

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O pagamento semestral de juros do A-Bond foi mantido em 8% e irá ocorrer em janeiro e julho, a partir do ano que vem.

Além de alongar o prazo de vencimento, o governo também conseguiu adiar o pagamento das parcelas de amortização da dívida. A primeira parcela de amortização do principal será paga no dia 15 de julho de 2009. Neste período, o Tesouro deixará de desembolsar cerca de US$ 470 milhões por ano com a postergação das parcelas de amortização.

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A operação ocorreu porque o Tesouro entendeu que era vantajoso para o País e para o investidor retirar do mercado títulos de uma dívida que resultaram de uma moratória e ofereceu novos papéis aos detentores de C-Bonds. Nessa troca (permuta), que foi realizada ontem, o investidor informou ao Tesouro o valor investido em C-Bonds e por quanto tempo aceitava prolongar a dívida, respeitando o prazo máximo de quatro anos.

No A-Bond não há cláusula de recompra quando ele atingir 100% do seu valor de face, que é vista com um limitador para o investidor. Isso porque hoje um investidor pode ser adquirido a 102% e depois ser recomprado pelo governo a 100% do valor de face, por exemplo. No entanto, a parcela desses papéis que não for trocada ficará sujeita ao ?call? (recompra).