O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou nesta sexta-feira (1º) nota oficial na qual informa que a suspensão temporária das exportações de carne brasileira in natura para a União Européia (UE) decorreu da necessidade "de consolidar uma lista de propriedades aprovadas para o fornecimento de animais destinados ao abate àquele mercado". Com o documento, o governou ratifica que o embargo, anunciado na última quarta-feira, ocorreu por questões técnicas de rastreabilidade bovina e evita que haja um embate político-diplomático que possa ampliar a suspensão da compra de carne.
"Estão descartadas quaisquer ocorrências sanitárias nos rebanhos alteração da condição sanitária brasileira ou risco para a saúde pública. Há mais de 70 anos, o Brasil exporta carne bovina in natura para países da UE, sem registro de qualquer problema de saúde pública ou animal associado a tais produtos", informa o documento.
Somente para o mercado europeu, o Brasil comercializou, em 2007, 195,2 mil toneladas desse produto. "Atualmente, o País é o maior exportador de carne bovina do mundo e vem ampliando sua participação nos mais diversos mercados. No ano de 2007, exportou carne bovina e miúdos para mais de 150 países, incluindo os da UE.
A nota informa ainda que serviço veterinário oficial brasileiro vem atendendo às exigências européias, especialmente, em relação ao controle da vacinação e de fronteira, e à prevenção da febre aftosa, "cujos avanços foram oficialmente reconhecidos pela UE", garante que "em adição às medidas de controle rotineiras e para atender exigências de certificação da carne bovina, estudos soroepidemiológicos específicos para avaliação da eficiência da vacinação contra a febre aftosa e de comprovação da ausência de circulação viral".