O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou nesta quinta-feira, 30, que o projeto do governo de reforma tributária, ainda não finalizado, pode propor a desoneração da folha de pagamento não apenas nos 20% que são recolhidos para o INSS, mas também retirar parte de ou todos os “penduricalhos adicionais” que incidem sobre a folha.

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A declaração foi dada em evento do setor de serviços em São Paulo, em resposta a uma pergunta de um participante. A questão da desoneração da folha é ponto crucial para apoio do setor a qualquer reforma tributária que seja enviada pelo poder Executivo.

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Cintra afirmou que o imposto sobre pagamentos, medida que ele pretende incluir no projeto de reforma tributária do governo federal, seria como um “resgate” das “principais qualidades” da CPMF.

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“Vai ser mais amplo (que CPMF), envolvendo transações que não necessariamente passam pelo sistema bancário, mais abrangente e mais geral possível, incorporando 30% da sociedade que hoje ou está na informalidade ou está na ilegalidade”, disse o secretário. “Continuo defendendo. Tem enorme potência fiscal”, afirmou também.

A criação de um imposto sobre pagamentos é a alternativa preferida de Cintra para compensar a perda de receita que ocorreria com a desoneração da folha de pagamentos das empresas, outra medida que deve ser inserida na proposta de reforma tributária do governo.

Para Cintra, o imposto de pagamento é uma alternativa interessante porque é uma fonte de arrecadação mais estável, que estaria menos exposta aos ciclos econômicos.