A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (18) que o governo vai interromper os incentivos ao gás veicular para diminuir a demanda, mas não vai desabastecer os consumidores que converteram seus carros para esse combustível. A ministra explicou ao vice-líder do bloco PMDB-PSC-PTC Hugo Leal (PSC-RJ) que as empresas distribuidoras precisam desse mercado para a venda do produto. A conversão de carros movidos a gás foi incentivada principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Dilma também garantiu ao deputado Albano Franco (PSDB-SE) que o modelo do setor elétrico pensado a partir do Governo Lula tem sido de prever cinco anos adiante a demanda de energia, o que não permite um novo apagão. "Apagão de geração, do tipo que existiu no Brasil, é uma barbeiragem", criticou.
Conexão da rede
No entanto, a ministra reconheceu que o País tem problemas de conexão em sua rede, que devem ser resolvidos com investimentos já programados. No modelo atual, as hidrelétricas são a base, mas há termelétricas em espera para assumir caso haja algum problema. Essas termelétricas também funcionam de forma a aumentar a retenção de água nos reservatórios para garantir o funcionamento do sistema mesmo num cenário de "pior seca".
O modelo segue o critério de menor preço, em que não se paga a mais por térmicas se não há demanda, uma vez que elas são mais caras que as hidrelétricas. Outro critério é a segurança do sistema, que aciona as térmicas para economia de água.
Energia nuclear
Franco também queria saber se haverá continuidade do programa nuclear brasileiro. Dilma disse que essa alternativa é sempre avaliada, embora o País precise investir em energia hidrelétrica, onde está o maior potencial.