O governo quer regulamentar as normas e punições às empresas de telefonia, aos bancos e às companhias aéreas para que melhorem a qualidade dos serviços de atendimento aos consumidores via centrais telefônicas, os chamados "call centers". Esses três setores são os campeões de reclamações nos Procons, os órgãos de defesa do consumidor.
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça divulgou hoje uma proposta que prevê, entre outros pontos, garantia de contato direto entre o consumidor e os atendentes das centrais, em no máximo 20 segundos, se ele preferir, antes de ser exposto às opções de um menu eletrônico.
A norma proposta quer ainda evitar que o consumidor tenha sua ligação transferida para diferentes setores até solucionar seu problema e ainda ter que ficar repetindo sua história inúmeras vezes. O DPDC quer impor ainda às empresas a garantia de suspensão imediata de fornecimento de um serviço não solicitado pelo cliente e ainda maior agilidade e rapidez no cancelamento de serviços.
O DPDC reuniu esta tarde representantes dos Procons e do Ministério Público na primeira de quatro audiências públicas que serão feitas sobre o tema nos próximos quatro meses. O projeto também ficará disponível no site do Ministério da Justiça para receber sugestões dos interessados por 30 dias. "O trabalho que estamos iniciando hoje será finalizado em junho com alguma proposta de regulação", afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro.