O governo pretende impor a nova estatal que administrará os contratos da camada de pré-sal como sócia do grupo de empresas selecionadas para explorar as reservas de petróleo. Inspirado no sistema norueguês, o modelo tem o objetivo de controlar o custo de extração do pré-sal. Na prática, além de ter a Petrobras como operadora única, com direito de ser contratada diretamente nos campos mais produtivos, o governo quer uma espécie de “olheiro” para fiscalizar os negócios, controlar gastos e não ser enganado.
O plano é pôr a nova empresa pública nos consórcios para evitar desvios da produção e superfaturamentos. A justificativa do Planalto para apertar o cerco é que, se a companhia contratada para explorar os reservatórios achar petróleo, o custo será abatido na partilha da produção. O objeto dessa partilha é o excedente de óleo e as petroleiras serão remuneradas por um porcentual fixo.
Chamada informalmente no governo de Petrosal ou mesmo de Loboil – numa referência bem-humorada ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão -, a estatal não só participará das decisões como integrante dos consórcios como terá parcela nos lucros, ainda que pequena, na faixa de 1%.