A Cúpula de Líderes do G-20 do próximo mês será uma oportunidade, segundo o Ministério de Relações Exteriores, para o novo governo detalhar aos demais países do grupo suas propostas de reformas econômicas. O Brasil tentará mostrar que, passado o processo de impeachment, está comprometido de fato com o ajuste das contas públicas e buscará reabrir os caminhos para os investimentos estrangeiros na infraestrutura do País.

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Caso confirmado o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente em exercício, Michel Temer, tem presença confirmada no encontro que será realizado nos dias 4 e 5 de setembro em Hangzhou, na China.

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“Se confirmado no cargo, a principal mensagem que Temer tentará transmitir é a da transição política, com ênfase no novo programa econômico do Brasil”, afirmou na quinta-feira, 26, o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey. Segundo ele, caso o impeachment não seja aprovado no Senado, caberá a Dilma decidir se participará da reunião na China, mas até o momento não houve contato entre o Itamaraty e a presidente afastada.

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Já como presidente efetivo do Brasil, Temer também programa uma série de encontros bilaterais com os chefes de Estado de países membros do G-20, a pedido desses governos. A anfitriã China, além de Espanha, Itália e Arábia Saudita já solicitaram essa agenda com Itamaraty.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também irá à Ásia. Antes da Cúpula nos dias 4 e 5, a delegação brasileira participará ainda no dia 2 de um encontro em Xangai no qual empresários brasileiros e chineses discutirão oportunidades de comércio e investimentos. No governo, comemora-se o fato de que a primeira aparição internacional da nova equipe já levará dados que indicam que a confiança na economia brasileira começa a melhorar.

“Em Hangzhou será feita uma avaliação do que já foi feito pelos países. E, como em toda cúpula do grupo, será aprovado novo plano de ação com propostas de políticas econômicas para ajudar o crescimento da economia global”, disse Cozendey.

Baixa

Responsável pelo programa de concessões em infraestrutura, um dos pontos principais da agenda do Brasil com a China, o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, desistiu de compor a delegação presidencial que seguirá para lá na próxima semana.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro disse que resolveu ficar no Brasil para acompanhar, no Congresso, a votação da Medida Provisória que criou sua secretaria e que está prestes a perder a validade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.