O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 10, confirmou a exoneração do diplomata Mário Vilalva do cargo de presidente da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex Brasil), que é vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, comandado por Ernesto Araújo.
Mário Vilalva foi demitido na terça, depois de uma queda de braço com dois diretores ligados ao ministro Ernesto Araújo e com o próprio chanceler. A saída de Vilalva foi interpretada como uma vitória de Araújo na disputa de poder travada com militares na agência.
A demissão foi anunciada pelo Itamaraty em nota. Nesta segunda-feira, em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Vilalva acusou Araújo de ter dado um “golpe” ao mudar o estatuto da Apex sem consultá-lo. O novo texto do estatuto retira poderes do presidente da agência e amplia a força de seus diretores.
Na nota, o próprio Araújo anuncia a exoneração de Vilalva, que também é diplomata de carreira e foi embaixador do Brasil na Alemanha e no Chile. Araújo não informou quem será o próximo presidente da agência. Segundo o Broadcast apurou, o chanceler defendia pôr o atual diretor de Gestão da agência, Márcio Coimbra, no cargo, mas Bolsonaro prefere um diplomata, o que deve prevalecer.
Vilalva foi o segundo presidente da Apex a ser demitido no governo Bolsonaro. Ainda em janeiro, o primeiro escolhido do presidente para o cargo, Alex Carreiro, foi dispensado da função depois de apenas uma semana no cargo.