O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Eduardo Barroso, afirmou que o governo está promovendo uma “faxina” no setor para que seja possível avaliar o equilíbrio entre o que existe de oferta de eletricidade no mercado e a real necessidade dos consumidores. Dependendo dessa análise, novos leilões de oferta de energia serão realizados.

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“A gente precisa fazer uma faxina para saber efetivamente o que pode ser contado no lado físico. Outra discussão é no lado contratual das distribuidoras. Sendo feita essa faxina e identificando a necessidade de compra de nova oferta, essa compra será feita”, afirmou Barroso, que participa de seminário sobre eficiência energética, no Rio.

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Ele garantiu, no entanto, que haverá energia suficiente para atender um possível crescimento do consumo com a retomada da economia. Segundo Barroso, no Brasil, como nos demais países, não existe sistema sem risco. “O sistema que busca risco zero tem custos elevados. O que cabe é garantir que o binômio risco e custo seja mantido em um patamar razoável”, disse.

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O presidente da EPE destacou ainda que o governo avalia a realização de leilões de compra de direito de redução de consumo, embora não haja nada planejado até o momento.

“Seria um leilão de compra de eficiência energética. É uma prática implementada em vários países. Basicamente, você deixa o consumidor oferecer uma redução de consumo e paga a ele por aquela redução. Ele recebe aquilo como se fosse um gerador. Essa redução, se vencedora no leilão, precisaria posteriormente de um mecanismo de aferição de que o que foi prometido é efetivamente entregue. Essa é uma discussão, uma aposta”, afirmou.