Com a folga proporcionada pela mudança na meta fiscal de 2018, para um rombo de até R$ 159 bilhões, o governo passou a incluir no Orçamento do ano que vem a previsão de novas contratações de servidores. Dyogo Oliveira garantiu que essas reposições serão limitadas ao número de vagas que ficarem em aberto, seja por demissões ou por aposentadoria.

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Ele disse não ter em mãos os números de quantos servidores devem ser contratados em 2018, mas confirmou que o governo vai retomar os concursos. Segundo o ministro, o impacto dessas admissões nas despesas deve ser de R$ 600 milhões. A versão original do Orçamento, enviada no fim de agosto, previa zero contratação.

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“Não tínhamos previsto nenhuma contratação, agora estabelecemos contratação no limite da LDO, para recompor saídas. Antes não previa nem contratação mínima de reposição”, explicou o ministro.

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É por conta disso que o impacto líquido do adiamento do reajuste de servidores do ano que vem para 2019 caiu a R$ 4,4 bilhões. O efeito bruto dessa medida é de R$ 5 bilhões, informou o ministro.

MPs

Oliveira confirmou que o presidente Michel Temer assinou nesta segunda-feira, 30, as Medidas Provisórias (MPs) que das iniciativas que compõem a proposta orçamentária. Uma delas é a do próprio adiamento dos reajustes. “O adiamento vale para um conjunto de categorias do governo federal, que são aquelas mais bem remuneradas e que tinham feito acordo de reajuste por período de quatro anos”, disse.

A outra é a da elevação da alíquota previdenciária para servidores que ganham mais que o teto do INSS (R$ 5.531,31), de 11% para 14%. Enquanto as contratações previstas tiveram impacto negativo no efeito esperado com o adiamento dos reajustes, as novas admissões ajudarão a impulsionar a arrecadação com a maior alíquota. A estimativa é que essa medida tenha impacto de R$ 2,2 bilhões (contra R$ 1,9 bilhão esperado antes). Segundo o ministro, mais gente vai contribuir para o regime previdenciário.

Outra MP assinada por Temer, segundo o ministro, é a que trata da alteração na tributação de fundos exclusivos de investimento. Essa medida, afirmou Oliveira, “será explicada posteriormente pelo Ministério da Fazenda”. O impacto bruto é de R$ 10,3 bilhões, mas o efeito líquido de transferências é de R$ 6 bilhões.