As 15 medidas definidas na segunda-feira, 19, pelo governo como prioridades em sua agenda econômica este ano foram consideradas positivas pelo economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, mas ele avalia que é preciso ter uma redução no total de projetos. “O que eu gostaria de ver é o governo e as lideranças afunilarem estas 15 prioridades e prepararem estratégia de votação”, disse ele em evento do banco para a imprensa nesta terça-feira, 20.
Mesquita destacou que as 15 medidas são bastante heterogêneas e estão em estados diferentes de andamento. “A privatização da Eletrobras está na cara do gol. Em outras medidas, precisamos evoluir mais”, afirmou o economista. Outra das propostas que está avançada é a simplificação da estrutura do PIS/Cofins, que já tem um projeto pronto.
Uma das que mais agradou o economista do Itaú é a volta da proposta de autonomia do Banco Central. “Tenho sido historicamente favorável a autonomia. Se vier, já vem tarde”, disse Mesquita, que já foi diretor da autoridade monetária. Ele ressaltou que todas as principais democracias do mundo têm bancos centrais autônomos. “Vamos ser se dessa vez vai.”
Perguntado se sabe algum detalhe do que o governo vai propor para a autonomia do BC, Mesquita disse que existem no Congresso algumas propostas e já houve trabalhos dentro de governos anteriores sobre o tema, mas sobre a proposta atual pouco se sabe. “Ao longo das próximas semanas imagino que vamos ter mais detalhes sobre esta proposta.”