A Secretaria de Estado da Agricultura iniciou a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Florestal para o Paraná. Reuniu nesta terça-feira (29), em Curitiba, representantes de instituições do setor público e privado para construir uma parceria e definir estratégias adequadas para a concepção do projeto.

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O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, destacou que o setor florestal é responsável por 8% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), movimentando R$ 1,83 bilhão em 2009. “Sabemos, porém, que esse setor precisa se expandir em função da carência da produção de madeira para construção, energia, móveis e celulose. O agricultor pode ter nessa demanda crescente uma fonte de renda”, disse.

Além da questão econômica, Ortigara disse que o plano de incentivar os cultivos florestais ajudará o Paraná a dar sua contribuição para o Brasil no esforço de redução das emissões de carbono, conforme compromisso firmado pelo País na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP – 15) em 2009.

Segundo o secretário, o governo do Paraná tem real interesse em que o programa de cultivos florestais evolua e que seja uma alternativa de poupança ao agricultor no médio prazo. Ele afirmou que a Secretaria da Agricultura vai articular a organização e a qualificação do agricultor. Posteriormente poderá trabalhar na captação de investimentos, mas antes disso começa a formação da base florestal, que atualmente está muito concentrada na região Centro-Sul do Estado.

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Segundo o engenheiro florestal Renato Viana, da Secretaria da Agricultura, 2011 é o Ano Internacional das Florestas, uma oportunidade para dar visibilidade às ações que devem ser adotadas no Paraná. Durante a reunião ele apresentou os cenários global, nacional e estadual que estão influenciando a adoção de estratégias para reverter a carência da produção florestal.

Viana lembrou que as florestas armazenam mais carbono do que a agricultura, e são, portanto, uma alternativa para evitar o agravamento das mudanças climáticas. Além disso, a tragédia do Japão provocou novos questionamentos sobre as usinas nucleares.

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No cenário paranaense, o técnico explicou que a ampliação da base florestal pode gerar oportunidades para regiões de economia agrícola mais frágil no Centro-Sul e Noroeste do Estado, inclusive para beneficiar a agricultura familiar, já que o plantio de florestas também é viável em pequenas áreas.