Polêmica

Governo não desistiu de comprar draga

O governo do Estado ainda não desistiu da intenção de adquirir uma draga para atender aos terminais públicos paranaenses, Paranaguá e Antonina. A compra, segundo informação dada ontem durante a reunião da Escola de Governo pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio de Oliveira, deve ocorrer até o final deste ano. A aquisição – informou o superintendente – já foi autorizada pelo governador Roberto Requião.

A compra faz parte de um pacote de investimentos programados para acontecer ainda neste ano nos portos do Paraná. Serão aplicados R$ 260 milhões em projetos de infraestrutura e logística – como a construção do chamado Corredor Oeste, para movimentação de granéis e a duplicação do potencial de armazenagem de grãos, e a construção de um novo silo graneleiro com capacidade para 108 mil toneladas.

Os recursos também serão direcionados a melhorias no Pátio Público de Triagem de Caminhões e na sede do porto de Antonina, bem como na construção de um armazém público para cargas frigorificadas e na remodelação do cais comercial.

Dragagem

Atualmente, a campanha de dragagem no porto de Paranaguá está sendo feita no canal de acesso aos terminais portuários a um custo de R$ 7,99 por metro cúbico dragado. No total, serão retirados 3,67 milhões de metros cúbicos de sedimentos.

Na avaliação do governador Roberto Requião, apesar de estar abaixo do praticado nas licitações promovidas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre R$ 11,25 e R$ 12,50 o metro cúbico, o valor da dragagem no Paraná ainda é alto.

O projeto do superindente da Appa é adquirir uma draga com uma cisterna que tenha capacidade entre 4 e 6 mil m³, com dupla motorização para facilitar as manobras e com uma configuração que atenda aos portos de Paranaguá e Antonina.

“Uma draga de grande porte não tem condições de se aproximar dos berços de atracação, por isso a opção de uma draga menor que possa operar na área do cais e no canal, conforme as condições do mar. Em 90 dias, levaremos a proposta à apreciação do governador para iniciarmos o processo de compra”, declarou Souza.

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