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Governo lança edital para contratar empresas de qualificação profissional

O Ministério da Economia avisa no Diário Oficial da União (DOU) que realizará pregão eletrônico no dia 8 de novembro para contratar empresas de qualificação profissional. Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado ) antecipou na quinta-feira, 24, a iniciativa é uma etapa piloto de um novo programa do governo para promover o emprego. Segundo o aviso, o edital da seleção será publicado na internet e também poderá ser obtido na sede do Ministério a partir desta sexta-feira, 25.

O documento prevê que a empresa contratada terá de treinar 800 jovens desempregados, entre 18 e 29 anos. A intenção é que o programa seja estendido nos próximos anos, atingindo até 100 mil pessoas em dois anos.

Dentre as características, o novo programa estipula que as empresas treinadoras só serão pagas após comprovarem que parte dos profissionais treinados conseguiu emprego e permaneceu empregada por pelo menos quatro meses. A iniciativa é inédita no Brasil.

A empresa ganhadora terá de oferecer cursos com carga horária mínima de 250 horas-aula em um prazo de um ano. Após o término do curso, ela terá oito meses para comprovar o número de pessoas que conseguiu emprego e o pagamento estará atrelado a esse índice.

O secretário de Produtividade, Competitividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse ao Broadcast já ter várias instituições interessadas em participar da disputa. “Gastamos bilhões nos últimos anos em ações de treinamento e qualificação que vários estudos mostraram que não houve resultado. Nossa preocupação é efetivamente garantir que as ações vão trazer empregos para os desempregados”, afirmou.

Em 2017, uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que os programas de qualificação profissional do governo federal só empregaram um a cada dez beneficiados.

Metodologia

O chamado Contrato de Impacto Social prevê que a empresa ganhadora selecione 2 mil desempregados. O governo sorteará 800 para participarem dos cursos. Os outros 1.200 formarão um grupo de controle.

Com base no CPF, no prazo de oito meses depois do fim do curso, o governo vai verificar quantas pessoas foram empregadas formalmente no grupo que recebeu treinamento e quantas no grupo de controle.

A empresa só receberá o total contratado se o porcentual de treinados com emprego for 30% superior ao dos que não receberam treinamento. Se ficar entre 8% e 29%, a empresa recebe parte dos recursos. Abaixo de 8%, não haverá pagamento.

O valor máximo previsto no edital é de R$ 16 por hora-aula, um total de R$ 3,2 milhões. O montante foi definido com base no máximo pago pelo governo dentro do Pronatec, programa da gestão Dilma Rousseff. Ganhará a empresa que oferecer o menor valor. Não é previsto nenhum pagamento até a comprovação dos empregados, o que deve demorar mais de um ano.

“O valor estipulado cobre os riscos e o tempo que a empresa ficará sem receber. Só vamos pagar se tiver resultado. Eu estou louco para pagar, mas minha consolação é que, se não houver resultado, não vai ter desembolso”, afirmou o secretário de Políticas Públicas para o Emprego, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

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