As despesas do governo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no mês de janeiro caíram 34,5% em relação a janeiro de 2014, somando mês R$ 4,739 bilhões. O PAC sofreu uma redução de 34,5% em relação a janeiro de 2014. A medida faz parte da decisão do governo de colocar um freio nos gastos.

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O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou que o quadro atual das contas públicas exige o que classificou de “reescalonamento” do pagamento das despesas. Segundo ele, reescalonar as despesas é melhor do que não pagá-las. Para ele, esse reescalonamento visa dar previsibilidade das despesas. Ele ressaltou que esse era o recado, a mensagem que queria transmitir. Ele destacou ainda que a redução das despesas do PAC em janeiro é resultado desse reescalonamento.

“Precisa ter claro que na situação atual precisaremos reescalonar os pagamentos”, afirmou, ressaltando que se trata de um motivo “nobre”. “Queremos cumprir a meta do governo, que é a meta da presidente Dilma Rousseff”, acrescentou.

Saintive destacou que o governo tem o compromisso de pagamento de despesas já realizadas, já feitas, mas tem, por outro lado, que cumprir a meta fiscal. “Essa é a mensagem. Temos de estar atentos a qualidade dos gastos e olhar para que podemos fazer os pagamentos em tempo tempestivo. Esse é o objetivo do governo”, afirmou. Ele admitiu que o superávit primário de janeiro não era o esperado pelo governo, mas ficou bem próximo do que o governo gostaria. Ele destacou que as despesas e receitas tiveram em janeiro variação real negativa.

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O governo pagou R$ 739,4 milhões em janeiro de precatórios e sentenças judiciais de benefícios previdenciários. Em 2014, o valor pago no mês com essas despesas foi de R$ 1,3 bilhão, uma queda de 55,8%.