São Paulo – A promessa do governo federal de apoiar a indústria de software está prestes a tornar-se realidade. Depois de anunciar o segmento como um dos prioritários na política industrial, um documento com cerca de 15 medidas de apoio às empresas de sistemas de tecnologia deve ser anunciado no início de janeiro.
O governo quer que as exportações de softwares, que devem alcançar US$ 200 milhões este ano, cheguem à casa dos US$ 2 bilhões em 2007. Para tanto, deve estimular o financiamento das empresas e até sua instalação no exterior.
O gerente-geral de softwares e serviços da Secretaria de Política de Informática e Tecnologia, Antenor Corrêa, antecipou algumas linhas mestras do documento. Está certo que o BNDES vai colocar a mão no bolso em nome da exportação do software. Além de entrar com funding em empresas de venture capital para financiar o setor, o banco já acenou com a possibilidade de encurtar o caminho para as linhas diretas a pequenas e médias empresas. Atualmente, essas linhas não chegam ao setor porque os bancos comerciais, que deveriam ser os repassadores, não estimulam o crédito, em razão do pequeno ganho financeiro.
O problema é que a grande maioria das empresas brasileiras de software são de pequeno e médio portes, o que torna a medida prioritária para atingir o propósito de apoiar o segmento. Facilitar o acesso aos recursos do banco seria uma promessa do próprio presidente do BNDES, Carlos Lessa. “O governo está focando o debate sobre os gargalos financeiros”, observa Corrêa.
