Brasília – O setor ferroviário brasileiro será reativado com recursos do governo e do setor privado para a construção e reforma de vagões, além da realização de obras para acabar com os gargalos em algumas linhas férreas. A informação é do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, ao anunciar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer aumentar a participação das ferrovias no transporte de cargas e de passageiros no País. Atualmente as ferrovias são responsáveis por 24% do transporte de mercadorias no Brasil e o governo quer aumentar essa participação para 30% nos próximos quatro anos. O setor rodoviário é responsável por 63% do transporte de cargas e o fluvial por 13%.
O ministro Anderson Adauto presidiu ontem reunião da Câmara do Setor Ferroviário, para discutir os investimentos que vão retomar o desenvolvimento das indústrias de vagões, praticamente sucateadas. Ele disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar as indústrias na fabricação de vagões e as empresas usuárias na compra desses equipamentos. O prazo de financiamento vai passar de cinco para dez anos, com dois anos de carência. Os juros nas operações vão cair de 6% para 4% ao ano, mais correção pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
A necessidade brasileira para os próximos três anos é de 14 mil novos vagões, além da reforma de outros cinco mil, para atender o crescimento da demanda no transporte de mercadorias.