A preferência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o comando da Receita Federal é a de um nome fora da corporação, com habilidade e pulso para botar “ordem na casa” e acabar com a maior crise institucional da história do Fisco. Em meio às dificuldades de escolher um sucessor para a ex-secretária Lina Maria Vieira, o nome do atual secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foi cogitado. Uma troca de cadeiras, como já foi feito pelo ministro em outras ocasiões, é considerada uma das opções.

continua após a publicidade

Apontado como “pai” da indicação de Lina Vieira para a Receita, o secretário-executivo, Nelson Machado, desempenha papel importante no dia a dia do Ministério da Fazenda e já manifestou que não quer trocar de função. Seria uma última alternativa. Pesa em favor de Augustin o fato de já ter sido secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul e secretário executivo adjunto da Fazenda no início do governo Lula. Na secretaria executiva, cuidava justamente do relacionamento com a Receita. Filiado ao PT, Augustin tem trânsito também no Planalto e espírito mais conciliador. É um nome de fora, mas mais “palatável”. O problema seria encontrar um nome para o seu lugar.

Um dos que vinham sendo cotados, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Simão, não é bem aceito pela Receita – embora uma publicação interna dirigida aos servidores do órgão, distribuída ontem, afirme que não existe oposição a indicados vindos de outras áreas do governo. Por enquanto, a estratégia de Mantega é acalmar os ânimos e acompanhar a tarefa dada ao secretário interino, Otacílio Cartaxo, de controlar a “rebelião” e afastar os mais “radicais” que estavam próximos de Lina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

continua após a publicidade