O governo federal está preparando uma série de medidas com o objetivo de desafogar a classe média, que está até pescoço de dívidas. A informação é da colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Vera Magalhães. O presidente Michel Temer (PMDB), quer repetir o sucesso da liberação do saldo das contas inativas do FGTS, uma de suas raras medidas que foi bem recebida pela população.
O primeiro passo será dado já nesta segunda (05), com a ampliação do atendimento do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com rendimento de até R$ 9 mil.
De acordo com a colunista do Estadão, Temer já pediu à equipe econômica medidas para alongar as dívidas de quem contraiu empréstimo consignado, aquela modalidade com juro menor e descontada em folha. O aumento da inadimplência se dá pelo desemprego, mas também para quem está empregado e acabou se endividando com vários empréstimos. A medida vai atender tanto aqueles que perderam o emprego, como os que estão na ativa e será válida para bancos públicos e privados.
Existem outras medidas em estudo ainda não reveladas. A agenda tenta gerar um legado positivo do governo Temer, já que a partir de abril o país começa respirar os ares da sucessão presidencial.
Assim, o governo tem pressa e quer focar no micro, diante da impossibilidade de realizar grandes obras. Na infraestrutura, por exemplo, estão sendo reembaladas pequenas concessões de rodovias e serviços que não necessitam de grandes investimentos, até porque as grandes empreiteiras estão submersas no mar revolto da Lava Jato.