O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a disposição da equipe em negociar pontos da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara mostra que o governo “não é intransigente” e está aberto ao diálogo. Ele rechaçou a avaliação de que o acordo acabaria demonstrando que os pontos retirados do texto eram, de fato, inconstitucionais.

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“O que aconteceu foi um exercício da democracia”, afirmou Marinho, que esteve no Congresso para fechar os últimos detalhes do acordo, cujas negociações se estenderam durante o feriado de Páscoa.

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Segundo o secretário, todos os parlamentares foram contemplados. Ele demonstrou confiança na aprovação da proposta nesta terça na CCJ. “Hoje terminaremos essa etapa”, disse.

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Os pontos que devem sair do texto são: o fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados; a possibilidade de se alterar, por projeto de lei, a idade máxima da aposentadoria compulsória, o que poderia afetar indicações para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); a exclusividade da Justiça Federal do Distrito Federal para julgar processos contra a reforma; e o dispositivo que garante somente ao Executivo a possibilidade de propor mudanças na Previdência.

Na comissão de mérito, Marinho disse que o governo vai discutir os detalhes do projeto. Além disso, ele destacou que o governo já tem intensificado os trabalhos de articulação, sob a coordenação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com encontros com presidentes e líderes partidários em prol da reforma.

“Temos base em torno da pauta da reforma”, avaliou Marinho.

Respostas

O secretário disse que sua equipe começará a prestar informações sobre a proposta de reforma a partir de da quarta, 24. Requerimentos feitos por parlamentares pedindo dados da proposta vencem nesta quarta-feira, explicou Marinho. “A partir de amanhã, já vamos começar a responder pedidos de informação por parte dos deputados”, comentou. “Sempre dissemos que dados desagregados seriam apresentados na comissão especial”, afirmou.

Na quinta-feira, 25, haverá ainda uma reunião com parlamentares para apresentar os dados que já foram preparados pelos técnicos da pasta. Marinho tem dito que o nível de detalhamento que será proposto é inédito e que outros governos não adotaram a mesma postura. “Vamos mostrar a amplitude dos dados na comissão especial”, afirmou.