O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, no início da noite deste domingo, que o governo mandará ao Congresso Nacional alterações no Orçamento da União de 2011 para atender “um ou outro programa”.

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“Vamos mandar alterações. Já estamos negociando para que sejam feitas alterações de acordo com o candidato que vencer. Dependendo de quem ganhar, teremos que garantir recursos para um ou outro programa e garantir que possam ser inclusos programas no Orçamento”, afirmou o ministro, ao chegar ao hotel Naoum, onde a presidenciável Dilma Rousseff (PT) fará um pronunciamento após o anúncio do resultado das eleições.

O ministro não disse quais seriam os programas atendidos no novo Orçamento, e desconversou quando questionado se uma das alterações poderia ser a respeito ao valor do salário mínimo. Segundo Bernardo, caso seja Dilma Rousseff a presidente eleita, o valor do salário mínimo previsto para o ano que vem não deve ser alterado.

Ministério

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Cotado para continuar no time de ministros num eventual governo Dilma, Paulo Bernardo disse que a candidata pode, se eleita, “aproveitar um ou outro” ministro da atual equipe do presidente Lula. “É possível que vá se aproveitar um ou outro, mas ela tem que ficar à vontade, é importante também que tenha renovação. O presidente Lula já falou que ela tem que ter liberdade para montar um governo com a cara dela”, disse o ministro.

Questionado se o governo de Dilma não enfrentaria problemas em ser constantemente comparado com o governo Lula, Paulo Bernardo brincou: “Ela é diferente do Lula. Só de olhar já se vê que ela não tem barba, que ela fala diferente. Ela vai fazer um governo de continuidade, mas com algumas coisas a mais que ela vai fazer”.

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Transição

Paulo Bernardo disse ainda que o decreto presidencial que definirá o coordenador de transição está pronto. “O coordenador da transição já está definido por um decreto do presidente Lula, será o ministro da Casa Civil”, disse. O ministro da Casa Civil em exercício é Carlos Eduardo Esteves Lima. Lima, no entanto, está como ministro interino, desde a demissão de Erenice Guerra.

“Está no decreto que será assim, mas se for de bom alvitre pode se decidir por uma alteração, mas no momento tem a decisão que será o ministro da Casa Civil, ele é interino, mas responde pela pasta”, completou Bernardo.