O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto, disse nesta terça-feira, 6, estar certo de que o governo enviará ao Congresso novas indicações de nomes para o órgão “o quanto antes”. “O governo está atendo e sensibilizado quando à falta de quórum no Cade”, afirmou.

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Barreto disse esperar que a definição dos indicados e, sua aprovação em sabatina pelo Senado possam ocorrer ainda em agosto. “A expectativa é e uma análise rápida, mas cabe ao Senado ditar o ritmo da aprovação”, completou.

Em um aceno ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro retirou na semana passada duas indicações que haviam sido apresentadas por ele para compor o conselho antitruste. Vinícius Klein e Leonardo Bandeira Rezende eram indicações dos ministros da Justiça, Sérgio Moro, e da Economia, Paulo Guedes.

Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou em junho, havia resistência de parlamentares aos dois nomes, por terem sido indicados pelos dois ministros sem negociação prévia no Senado.

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A decisão pegou de surpresa integrantes do Cade, senadores e o próprio Moro, a quem o órgão é ligado formalmente.

Responsável pela análise de fusões de empresas e pelo julgamento de infrações como cartéis, o Cade está com quatro dos sete cargos vagos neste momento e não tem quórum para realizar sessões de julgamento.

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Entre os nomes aventados para novas indicações, está o do economista-chefe do Cade, Guilherme Rezende, que atuou como uma espécie de consultor para a área da concorrência durante a campanha de Bolsonaro.

Também foi considerado o nome de Humberto Lucena Fonseca, mas a avaliação entre fontes da área é de que ele teria menos chance porque foi secretário de Saúde do Distrito Federal no governo de Rodrigo Rollemberg, do PSB, e é alvo de investigações.