Um dos maiores exportadores brasileiros, o líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), avaliou hoje que, na tentativa de conter o especulador contra o real, o governo aumentou o custo de captação do exportador. “O financiamento ficou mais caro que o próprio custo do dinheiro. Só sobrou opção de ACC”, disse durante audiência pública com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. “Em última análise, é como se o governo forçasse as empresas a se endividarem com recursos de curto prazo”, avaliou.
Maggi disse que esse endividamento de mais curto prazo é mais arriscado para o tomador, principalmente em momentos de turbulência interna ou externa. “Quanto menor o prazo, maior o risco em crises”, completou. O parlamentar lembrou que ontem a cotação do dólar chegou a R$ 1,80, mas que esse esforço que o governo fez para impulsionar a alta da moeda norte-americana acaba de esgotando com a cobrança da taxa de IOF m 6% para financiamentos externos com prazo de até cinco anos.
Por conta disso, Maggi propôs a Mantega que a Fazenda devolvesse a quantia desembolsada pelo exportador.