As contas do setor público (governo central, Estados, municípios e empresas estatais) apresentaram, em maio, um superávit primário de R$ 1,119 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central. O superávit primário refere-se à economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida. O resultado exclui, pela primeira vez, os dados das contas da Petrobras, que foram retirados do cálculo do esforço fiscal, pelo governo, para que a empresa possa aumentar os seus investimentos em um cenário de crise internacional e de desaceleração da economia.

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Em maio de 2008, o superávit do setor público foi bem superior: R$ 8,525 bilhões. Os dados do Banco Central divulgados hoje mostram que o governo central (Banco Central, Previdência Social e Tesouro Nacional) apresentou um déficit primário de R$ 291 milhões, enquanto o governo regional (Estados e municípios) apresentou superávit primário de R$ 3,214 bilhões. Os Estados contribuíram com superávit de R$ 2,987 bilhões e os municípios, com um saldo positivo de R$ 227 milhões.

As empresas estatais, por outro lado, em maio, registraram um déficit primário de R$ 1,804 bilhão. Desse total, as empresas estatais federais contribuíram com um déficit de R$ 1,984 bilhão e as empresas estaduais, com um superávit de R$ 157 milhões. Já as empresas estatais municipais registraram déficit primário de R$ 13 milhões.

No acumulado de janeiro a maio de 2009, o superávit primário do setor público é de R$ 31,879 bilhões, ou 2,69% do Produto Interno Bruto (PIB). De janeiro a maio do ano passado, o superávit primário era quase R$ 40 bilhões a mais: R$ 71,391 bilhões, ou 6,26% do PIB.

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