Depois de anunciar que mandaria ainda esta semana uma nova proposta de taxação da caderneta de poupança, o governo pode desistir da iniciativa por pressão da base aliada. Se isso de fato ocorrer, será a segunda vez que a ideia de se mexer na caderneta é anunciada pelo Ministério da Fazenda e não é encaminhada ao Congresso. A proposta, que já estava sendo analisada pela Casa Civil e praticamente pronta para ser remetida ao Parlamento, foi pedida de volta pela Fazenda para novos estudos.
A Agência Estado apurou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi advertido por líderes aliados que este não seria o melhor momento para o envio da proposta ao Congresso Nacional. A avaliação é de que o projeto pode contaminar as negociações em torno do marco regulatório do pré-sal, que hoje é a pauta prioritária do governo no Parlamento.
Hoje, a poupança não paga Imposto de Renda (IR). A proposta anunciada pelo governo nesta semana prevê que quem tem mais de R$ 50 mil na caderneta vai pagar imposto sobre o saldo excedente. A alíquota será de 22,5%.